Somente uma mentalidade e um caráter "ambiciosos e guerreiros" podem levar uma jogadora a se tornar duas vezes a melhor do mundo em qualquer modalidade. E é assim que Aitana Bonmatí diz que fala sobre futebol com a mesma paixão que um pai fala sobre seu filho. "É praticamente minha vida", disse a jogadora do Barcelona.
"Sou grata por esses momentos ruins, porque realmente foram muitos. Todo mundo tem momentos ruins na vida. Como jogadoras de futebol, nós também. Parece que o mundo chega ao fim e você quer jogar a toalha, mas isso não acontece", explica a camisa '6' antes da partida com a Coreia do Sul na sexta-feira (29).
Aitana se referiu a uma situação crítica que, se tivesse tido um fim diferente, teria mudado tudo. "Eu queria largar o futebol e meu pai me ajudou a continuar, insistiu para que eu continuasse. Eu não via um limite ou objetivo. Lembro que foram tempos difíceis. Agora olho para trás e vejo que valeu a pena", contou.
Recompensas
"Quem diria, anos atrás, que eu teria duas Bolas de Ouro? Tenho a sorte de ter grandes jogadoras que me tornam uma atleta melhor", acrescentou Bonmatí.
A espanhola ainda fez uma autocrítica ao lembrar que no ado era "muito impaciente", querendo "fazer tudo rápido e agora".
"Dizem que o futebol tira muitas coisas de você, mas o que ele dá é mais do que o que ele tira. Acho que, graças a esse processo de conquistar gradualmente a titularidade, tanto no Barça quanto na seleção, me tornei a jogadora que sou hoje e sou grata por isso", refletiu a jogadora.