Uma das “bets” citou 22 usuários contestáveis. No total, foram R$ 27,6 mil em apostas que lucraram R$ 40,3 mil, em contas no Brasil. No exterior, as apostas chegaram a mais de R$ 3 mil.
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Outra empresa declarou 60 suspeitos, com 10 contas recém-criadas, que totalizaram R$ 12,4 mil em apostas no cartão amarelo. Uma terceira organização, com três casas de apostas como clientes, identificou 29 usuários novos suspeitos que somaram R$ 13,7 mil no lance.

O caso foi divulgado na última semana pelo ge, após a CBF, o Ministério Público, a Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), e federações estaduais receberem o documento. A assessoria do jogador e a Sportradar, parceira da confederação no monitoramento de apostas, não se manifestaram. A CBF não comentou o caso, mas ressaltou que investigações relacionadas à Unidade de Integridade são sigilosas.
Consequências dentro de campo
Na primeira rodada do Brasileirão, na vitória contra o Vitória (2 a 0), Ênio recebeu um cartão amarelo aos 36 minutos do primeiro tempo. Na súmula, o árbitro Paulo Cesar Zanovelli afirmou que a punição foi por reclamação. O clube afastou o jogador e, inicialmente, justificou que negociava a transferência do atacante.
Dias depois, após a derrota contra o Botafogo (2 a 0), no sábado (5), o técnico Fábio Martins itiu que já sabia do relatório e Ênio estava ausente por consequência da investigação.
"Recebemos a informação na quinta-feira à noite, esse alerta em relação ao que aconteceu, juntamente com a direção. Isso foi através do presidente do clube, fizemos uma reunião para decidir que ele estava fora desse jogo aqui até que se conclua a situação", declarou Martins.
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Ao menos três apostadores são atletas profissionais e estão proibidos de fazer apostas esportivas de acordo com as regras da Fifa, da CBF e pela lei federal.