Três anos após essa decisão, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, levantou a possibilidade do retorno das equipes russas às competições internacionais. No entanto, isso só seria possível no contexto de um acordo que encerre o conflito atual.
Ao participar do congresso da UEFA em Belgrado nesta quinta-feira (3), o dirigente fez um discurso focado no tema da unidade. Infantino, que viajou diretamente de Los Angeles, se colocou a favor da reissão da Rússia ao futebol internacional.
"Enquanto as negociações de paz na Ucrânia continuam, espero que possamos mudar as coisas em breve, para trazer a Rússia de volta ao futebol, porque isso significaria que tudo foi resolvido. É isso que temos de querer, é isso que temos de apoiar, porque o futebol não tem a ver com divisões", disse o presidente da FIFA.
Posicionamentos sobre a participação russa
As discussões sobre a reintegração da Rússia nas competições internacionais de futebol têm se intensificado nos últimos tempos. A situação política atual tem uma dinâmica de normalização, e muitos representantes da FIFA e da UEFA parecem ser a favor de uma mudança de abordagem em relação ao esporte russo.
"Espero que este ano o esporte russo, incluindo a seleção de futebol, finalmente volte a ser o que era antes dessa situação. Eles voltarão para a família do esporte europeu", disse o diretor de associações nacionais da UEFA, Zoran Laković.
Laković representa a Sérvia, onde o clima em relação à Rússia continua positivo e as equipes do país cooperam com colegas e patrocinadores russos.
No entanto, há também aqueles que discordam e a reintegração das equipes russas ao futebol mundial pode levar a divisões entre as federações. A Polônia, a Suécia e a República Tcheca estão entre as federações que se recusam a se reunir com representantes da Rússia. Essa oposição é um grande obstáculo aos planos de reissão propostos pela liderança da FIFA.
"A verdade é que a situação que levou à suspensão das equipes russas não mudou. A Rússia continua sua guerra contra a Ucrânia, violando o direito internacional", afirmou o presidente da Federação Alemã de Futebol, Bernd Neuendorf.