A equipe paraguaia foi multada em US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil), além de partidas com portões fechados, decisão criticada pelo Palmeiras e também pela CBF.
Confira a tabela da Copa Libertadores Sub-20
O documento, obtido com exclusividade pelo jornalista Rodrigo Matos, em sua coluna no portal Uol, tem a do Palmeiras e das duas ligas existentes no futebol nacional, a Libra e a Liga Forte União.
Na carta, os clubes pedem alterações no regulamento da CONMEBOL, incluindo o aumento da penalidade para casos desta natureza, como uma substancial ampliação da multa, chegando na casa dos R$ 2,9 milhões, se não houver identificação do autor da injúria racial, e até mesmo a desqualificação da equipe em caso de reincidência.
Por meio do documento, as equipes brasileiras pedem ainda o cumprimento do protocolo da FIFA para casos de racismo, como a interrupção da partida até que os envolvidos sejam identificados e retirados do estádio, além da possibilidade de encerramento do jogo em função de repetidos episódios discriminatórios, da gravidade dos atos ou das condições das vítimas.
As punições pelo descumprimento do protocolo se estendem à equipe de arbitragem e associação responsável.
As multas aplicadas podem ser reajustadas caso os autores dos episódios racistas sejam identificados, ando do máximo de R$ 2,9 milhões (US$ 500 mil) para pouco mais de R$ 580 mil na cotação atual (US$ 100 mil).
O documento sugere ainda que seja criado um cadastro com pessoas que já se envolveram em episódios de racismo, sejam eles torcedores, atletas, clubes, dirigentes e comissão técnica, facilitando assim o processo de identificação e punição em caso de reincidência.
O movimento encabeçado pelos clubes brasileiros destaca o crescente aumento de casos de racismo em jogos das competições da CONMEBOL, baseando-se em dados estatísticos, como os apresentados pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol de 2014 a 2025.