O novo Barça, comandado pelo alemão, começou a temporada com vitórias arrebatadoras, como a goleada sobre o Real Madrid (4 a 0) em pleno Santiago Bernabéu, mas, em novembro, venceu apenas um dos quatro jogos do campeonato (e sofreu duas derrotas), o que levou Flick a definir o mês como "novembro de merda".
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Mas o azar continuou em dezembro, com apenas 4 pontos em 12 possíveis no Campeonato Espanhol, e foi somente no início de 2025 que os bons resultados voltaram.
Invicto neste ano, o Barça segue firme nas três principais competições: LaLiga, Copa do Rei e Liga dos Campeões.
Especificamente na Liga dos Campeões, que não conquista desde 2015, os catalães sonham em levantar o troféu graças à garra do seu treinador, considerado uma pessoa próxima dos seus jogadores, embora também inflexível em alguns aspectos, como a pontualidade: o francês Jules Koundé foi retirado da equipe titular após chegar alguns minutos atrasado à preleção do treinador.
Flick vai se reencontrar com Niko Kovac, agora treinador do Dortmund, com quem trabalhou duas vezes, no Bayern de Munique e anteriormente no Salzburg.

No verão de 2006, o croata se transferiu para o time austríaco, enquanto o alemão era assistente do técnico Giovanni Trapattoni. Eles trabalharam juntos por apenas algumas semanas, já que Flick saiu no final de agosto para se tornar assistente de Joachim Löw na seleção alemã.
Mais tarde, na temporada 2019-2020, Kovac estava em seu segundo ano como treinador do Bayern de Munique e chamou Flick para se juntar a ele como assistente.

Campeão de tudo pelo Bayern
O atual treinador do Barça não pensou duas vezes: deixou seu cargo de diretor esportivo no Hoffenheim e viajou para a Baviera.
A colaboração entre os dois também foi efêmera. Depois de deixar escapar a Supercopa da Alemanha e ter um começo ruim na Bundesliga, o clube bávaro dispensou Kovac, e Flick acabou assumindo o comando da equipe.
O sucesso não demorou a chegar. O técnico alemão conquistou a tríplice coroa, com a Bundesliga, a Copa da Alemanha e a Liga dos Campeões, onde "seu" Bayern de Munique também humilhou o Barcelona ao goleá-lo por 8 a 2 nas quartas de final transferidas para Lisboa devido à pandemia de covid-19.
Meses depois, ergueu as duas Supercopas e o Mundial de Clubes, tornando-se o segundo clube a ganhar todos os títulos possíveis em um mesmo ano depois do Barcelona de Pep Guardiola.
"Estou feliz. É bonito e emocionante porque trabalhamos juntos, ele foi meu assistente, e agora vamos competir um contra o outro. O Barcelona é um grande clube, uma grande equipe, com jogadores fantásticos", disse Kovac após saber que enfrentaria o time catalão na Liga dos Campeões.
Velhos conhecidos
Na primeira fase desta temporada, as duas equipes já se enfrentaram em Dortmund, com o Barcelona vencendo por 3 a 2 em dezembro. Mas o cargo de técnico do time alemão ainda era ocupado por Nuri Sahin, que foi demitido pouco depois.
Sob o comando de Kovac, o Dortmund deu a volta por cima e espera se impor diante do time culé, embora jogue a partida de ida com vários desfalques.
Niklas Süle, Marcel Sabitzer, Rami Bensebaini e Nico Schlotterbeck estão lesionados, enquanto o meio-campista Pascal Gross cumpre suspensão de uma partida por acumular cartões amarelos na Liga dos Campeões.
"Em Barcelona, temos um desafio enorme. Nosso adversário é um dos times mais fortes da Europa. Temos que ser capazes de defender bem", acrescentou Kovac na entrevista antes do jogo.