"Nos quatro meses em que estive aqui, o meu filho Pedro regrediu muito. Para mim, o que faz sentido é a minha família. Peço desculpa aos meus companheiros, aos torcedores e ao clube, mas não consigo ajudar dentro de campo", revelou aos jornalistas, vestindo uma camisa de apoio à causa autista, no Estádio do Marítimo, no Funchal.
Com a presença do presidente, equipe técnica e jogadores do plantel na sala de imprensa, Fransérgio também contou com o apoio da mulher, referindo que não é fácil chegar todos os dias a casa e vê-la a "chorar pelos cantos".
"A minha esposa colocou a possibilidade de ela ir com as crianças para o Brasil e eu ficar até janeiro, quando abre a janela de inverno para dar algum tempo ao clube, mas eu não posso deixá-la voltar sozinha por uma coisa que é nossa", confidenciou.
Ainda sem futuro definido, o jogador agradeceu a oportunidade de ter "voltado a uma casa em que foi feliz" no ado, acrescentando que "pensa em continuar a carreira", mas apenas no Brasil, de forma a proporcionar os melhores tratamentos ao filho.
"O meu Pedro precisa de muito mais do que tem aqui na Ilha da Madeira e no Brasil eu tenho esses recursos. Agora, vou tirar um mês de férias e depois devo continuar a jogar", notou.
Contratado no início da temporada, após rescindir contrato com o Coritiba, Fransérgio participou de 12 partidas com a camisa dos verde-rubros, sem nenhuma participação direta para gol.
Na primeira agem pelo clube, entre 2014 e 2017, o meia atuou em 117 jogos, com 17 gols e nove assistências.
Natural de Rondonópolis, Fransérgio representou ainda Braga, Bordeaux, além de Paraná, Internacional, Criciúma, Ceará e Guaratinguetá.