A imprensa portuguesa afirmou que Pinho é alvo de acusação por “prática de um crime de corrupção ativa agravado, nos termos do regime de responsabilidade penal por comportamentos antidesportivos”.
Confira a classificação da Liga Portugal
“De acordo com a acusação, ficou indiciado que, durante o ano de 2016, o acusado, que exercia as funções de empresário esportivo, abordou um jogador de futebol profissional para apresentar um desempenho esportivo contrário aos interesses da própria equipe, visando beneficiar os adversários, em um jogo referente à temporada 2015/16, da Liga Portugal, a troco de um pagamento financeiro”, escreveu o MP.
No comunicado divulgado, o Ministério explicou que “foi solicitada uma pena provisória de proibição do exercício da profissão ou atividade de agente esportivo” e “foi requerida a perda de bens e vantagens no valor de 30 mil euros, correspondente ao valor da vantagem/recompensa prometida pelo acusado”.
Acusação de ex-jogador português
Em janeiro de 2023, o jornal português Expresso noticiou que o ex-atacante Edgar Costa denunciou o agente por tentativa de aliciamento, para facilitar um jogo contra o Benfica, algo que o empresário negou.
O confronto valia pela 33ª e penúltima rodada da edição de 2015/16 da Liga, que o Benfica venceu o Marítimo fora de casa, por 2 a 0, antes de selar a conquista do título com dois pontos de vantagem sobre o Sporting.
A investigação foi concluída a partir das provas retiradas dos emails do Benfica, tendo como alvos o agente Miguel Pinho e o seu pai, Luís Miguel Pinho. Na acusação, constava que em 6 ou 7 de maio de 2016, os agentes tinham abordado Edgar Costa e proposto 30 mil euros para que, no jogo de 8 de maio de 2016, “tivesse uma atitude antidesportiva contrária aos interesses do Marítimo".
Ambos teriam dito que "bastaria jogar mal e não marcar gols", além de terem prometido um novo contrato, melhor remunerado, em outro clube. Edgar Costa teria recusado imediatamente a proposta.