Será que Novak Djokovic conseguirá conquistar seu 100º título de torneio em seu ambiente favorito, ou será que Jannik Sinner conseguirá defender seu título? E o que dizer de Carlos Alcaraz, que declarou um ataque ao único troféu que lhe falta em sua coleção de Grand Slams? Dito isso, as probabilidades também podem ser alteradas pelo rebelde Nick Kyrgios.
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E é Kyrgios quem está chamando mais atenção para si mesmo. O astro australiano pode ter jogado apenas duas partidas desde outubro de 2022, mas tem se preparado muito para seu retorno nos últimos meses e, especialmente em Brisbane, ele se destacou nas duplas, que jogou ao lado de Djokovic.
"Foi incrível. Estou feliz por ter dividido a quadra com ele em seu retorno", disse Djokovic, 24 vezes vencedor de Grand Slam. No ado, os dois tinham uma rixa maior.
A preparação de Kyrgios para o torneio de simples foi uma partida tensa com Giovanni Mpethsi Perricard, quando o australiano perdeu no tiebreak do terceiro set. O último Grand Slam de Kyrgios foi no US Open de 2022, quando ele chegou às quartas de final. No entanto, seu início será uma dúvida até o último minuto, pois ele anunciou pouco antes do torneio que estava lutando com seu condicionamento físico novamente.
Djokovic de olho em mais história
O talvez eterno Djokovic tem trabalhado com seu antigo rival Andy Murray desde a nova temporada. Ironicamente, foi em Melbourne que ele o derrotou quatro vezes na final.
"Agora estou aqui para sabotar suas chances de vencer novamente", brincou Murray. Mas depois ele continuou em um tom sério.
"Novak não é apenas um dos melhores jogadores de tênis de todos os tempos, mas, mais importante, é um dos melhores atletas de todos os tempos", acrescentou.
Djokovic tentará conquistar seu 11º título do Aberto da Austrália e 25º Grand Slam em Melbourne. Ninguém na história ganhou mais títulos. O tenista sérvio será um adversário difícil para todos no Melbourne Park novamente este ano, como evidenciado por sua taxa de vitórias de 91%. Um possível título seria o 100º título de torneio de sua carreira.
Sinner em ambiente hostil
Sinner estará jogando sob muita pressão na Austrália. Foi contra o número um do mundo que Kyrgios mirou e criticou abertamente o caso de doping do italiano.
"Quer tenha sido um acidente ou um plano, isso é ridículo", disse ele ao tenista italiano.
"Se ele não fez nada de errado, por que lhe tiraram os pontos e o prêmio em dinheiro? Não, eu não vou ficar calado sobre isso", acrescentou.
Sinner tinha acabado de conquistar seu primeiro troféu de Grand Slam em Melbourne no ano ado e acrescentou um segundo em outro grande torneio em Nova York. Um possível confronto com Kyrgios, que o australiano estava ansioso para ver, só é possível em uma eventual final.
O segundo cabeça de chave no Grand Slam de Melbourne é o semifinalista do ano ado, Alexander Zverev, da Alemanha, graças à classificação atual. Mas as atenções estarão voltadas para o espanhol Alcaraz. "Eu gostaria de fazer uma tatuagem de um canguru", disse Alcaraz recentemente ao jornal espanhol Marca, referindo-se ao costume de imortalizar seus grandes triunfos na pele.
"Sim, meu objetivo é vencer o Grand Slam em Melbourne", acrescentou. Se conseguir, ele completará um Slam na carreira e se tornará o jogador mais jovem da história a fazer isso. Mas ele também sabe que poderá enfrentar Djokovic já nas quartas de final.
Sabalenka quer estender a invencibilidade
A favorita no lado feminino é Aryna Sabalenka. Ela não perde há 14 partidas consecutivas em Melbourne, tendo vencido as duas edições anteriores. No ano ado, a bielorrussa foi acompanhada até a final pela chinesa Zheng Qinwen, mas este ano as maiores chances de vitória são da polonesa Iga Swiatek e de Coco Gauff, dos EUA.
Naomi Osaka, que triunfou duas vezes em Melbourne antes de sua gravidez (2019 e 2021) e disputou algumas partidas impressionantes nos Grand Slams em sua temporada de retorno no ano ado, também será uma das favoritas. A azarã será Karolina Muchova, que começa como a 30ª cabeça de chave.